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quinta-feira, 20 de novembro de 2014


Somos ou não  livres? Eis a questão…

Será a liberdade real ou será apenas uma ilusão motivada pela ignorância das causas que nos determinam? E no caso de não sermos livres, estaremos submetidos ao rigor do determinismo cego, ou estarão as nossas ações condenadas ao indeterminismo, à lotaria do acaso?
A meu ver o ser humano é livre, ainda que essa liberdade não seja absoluta. É sempre uma liberdade histórica e situada. 
O livre-arbítrio é o poder de pensar por nós próprios, o poder de escolher o rumo que queremos dar à nossa vida, a pessoa que pretendemos ser. Graças a ele podemos tornar-nos num Rembrandt ou num quadro restaurado por Cecilia Giménez.
A liberdade absoluta não existe. Somos livres mas condicionados por regras sociais, condicionados por fatores psicológicos, fisiológicos e pela nossa própria história individual. Estes fatores não anulam a liberdade, tornam-na possível. Somos livres quando cumprimos a lei moral que se impõe à nossa consciência.
A história do exercício de liberdade está repleta de más escolhas, nas quais não respeitámos a lei moral. O holocausto nazi, o colonialismo, o racismo, a homofobia, o extremismo religioso testemunham a nossa desobediência à lei moral; o desrespeito pela dignidade da pessoa humana.Com tudo isto, pretendo dizer que o mundo está dividido em seres humanos livres e seres humanos que fazem um péssimo exercício da sua liberdade e que por isso não são verdadeiramente livres. São vítimas dos seus apetites, da sua incapacidade de controlo, do seu receio de pensar por si, tornando-se facilmente escravos do pensamento alheio. Por pessoas que não sabem que ser livre não é apenas tirar as correntes de alguém, mas viver de forma que respeite e melhore a liberdade dos outros (Nelson Mandela).

Luísa Fontarra da Silva, 10º D
(Aluna do Curso de Humanidades do Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto)

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