Somos ou não livres? Eis a questão…
Será a liberdade real ou será
apenas uma ilusão motivada pela ignorância das causas que nos determinam? E no
caso de não sermos livres, estaremos submetidos ao rigor do determinismo cego, ou
estarão as nossas ações condenadas ao indeterminismo, à lotaria do acaso?
A meu ver o ser humano é livre,
ainda que essa liberdade não seja absoluta. É sempre uma liberdade histórica e
situada.
O livre-arbítrio é o poder de
pensar por nós próprios, o poder de escolher o rumo que queremos dar à nossa
vida, a pessoa que pretendemos ser. Graças a ele podemos tornar-nos num
Rembrandt ou num quadro restaurado por Cecilia Giménez.
A liberdade absoluta não existe. Somos livres mas
condicionados por regras sociais, condicionados por fatores psicológicos,
fisiológicos e pela nossa própria história individual. Estes fatores não anulam
a liberdade, tornam-na possível. Somos livres quando cumprimos a lei moral que
se impõe à nossa consciência.
A história do exercício de
liberdade está repleta de más escolhas, nas quais não respeitámos a lei moral. O
holocausto nazi, o colonialismo, o racismo, a homofobia, o extremismo religioso
testemunham a nossa desobediência à lei moral; o desrespeito pela dignidade da
pessoa humana.Com tudo isto, pretendo dizer que o mundo está dividido em seres
humanos livres e seres humanos que fazem um péssimo exercício da sua liberdade
e que por isso não são verdadeiramente livres. São vítimas dos seus apetites,
da sua incapacidade de controlo, do seu receio de pensar por si, tornando-se
facilmente escravos do pensamento alheio. Por pessoas que não sabem que ser livre não é apenas tirar as correntes de alguém,
mas viver de forma que respeite e melhore a liberdade dos outros (Nelson
Mandela).
Luísa Fontarra da
Silva, 10º D
(Aluna do Curso de Humanidades do Agrupamento de Escolas de Celorico de
Basto)
Sem comentários:
Enviar um comentário