EU E A FILOSOFIA
A palavra “filosofia” é composta por duas palavras
gregas: philos e sophia. A primeira significa amizade, amor fraterno e respeito
entre iguais. A segunda significa sabedoria ou simplesmente saber. Etimologicamente
a filosofia é a amizade pela sabedoria, o amor e respeito pelo saber e o
filósofo é aquele que ama e procura a sabedoria. A tradição atribui a criação
da palavra ao filósofo e matemático Pitágoras de Samos, que viveu no séc. V
a.C. Conforme essa tradição, Pitágoras teria criado o termo para sublinhar que
a sabedoria plena e perfeita seria atributo apenas dos deuses; os homens, no
entanto, poderiam venerá-la e amá-la na qualidade de filósofos.
A filosofia não é apanágio dos filósofos. É
impossível fugir à filosofia. As suas perguntas impõem-se na vida de cada um de
nós. O espanto, a admiração, a dúvida, a dor despoletam-nas. A filosofia
espontânea é o resultado da necessidade de responder às grandes questões da
existência, ainda que de forma desorganizada e assistemática.
Nas aulas de filosofia contactei pela primeira vez com
a filosofia sistemática e este contacto permitiu-me compreender a importância
de abandonar a atitude natural, passiva e dogmática e de adoptar uma atitude
ativa, problematizadora e interrogativa, assumindo a responsabilidade de pensar
por mim…
Cláudia Magalhães, 10º D
(Aluna do Curso de Humanidades do Agrupamento de Escolas de Celorico de
Basto)
AS HORAS AMARGAS DARÃO LOÇÕES DE FILOSOFIA?
É nos momentos mais
difíceis, nos momentos em que a tristeza nos inunda, a solidão, a doença ou a
culpa nos invadem, nos momentos em que a nossa vida se altera para sempre, que as
perguntas filosóficas surgem e se torna imprescindível responder-lhes. Por isso
as horas amargas dão-nos lições de filosofia.
Nesses momentos
apercebemo-nos do real valor das coisas e das pessoas que nos rodeiam.
Compreendemos com surpresa que a felicidade está afinal nas coisas mais
simples; tomamos consciência que desconhecíamos o mais próximo, o mais
familiar. Percebemos que na vida nada é garantido; que o mais certo é afinal
incerto. Nesses momentos sentimos a necessidade de quebrar com a familiaridade
do vivido e observamos a realidade com um olhar mais profundo e questionador.
Helena Silva, 10º C
(Aluna do Curso de
Humanidades do Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto)
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