Páginas

quinta-feira, 20 de novembro de 2014


Liberdade ou Determinismo?

O problema do livre arbítrio é uma questão filosófica extremamente complexa. Por isso mesmo são inúmeras as tentativas para responder a esta questão. Na aula de filosofia estudámos quatro teses ou teorias: o determinismo radical, o indeterminismo, o determinismo moderado e o libertismo. O determinismo radical e o libertismo são duas teses radicalmente opostas. A primeira nega a liberdade humana, deixando apenas espaço para o determinismo. A segunda apresenta-nos como seres livres e radicalmente responsáveis pelas nossas escolhas. Esta tese apoia-se no dualismo antropológico, isto é, na ideia de que o corpo e a mente têm naturezas diferentes e que por isso mesmos obedecem a leis diferentes. No entanto esta tese não explica como aquilo a que chamamos consciência pode ter efeito sobre o corpo.
O determinismo radical afirma que a liberdade humana é uma ilusão; todas as ações do ser humano são determinadas por vários fatores que não controlamos. Esta tese assenta na ideia de que tudo no Universo tem uma causa e que as mesmas causas, nas mesmas circunstâncias produzem os mesmos efeitos. O indeterminismo também nega a liberdade humana, e, afirma que todas as ações e decisões humanas são indeterminadas. Esta teoria baseia-se na física quântica. Segundo a microfísica é impossível prever o comportamento das partículas subatómicas. O seu comportamento é aleatório. Transposta para o domínio da filosofia, o indeterminismo da física significa que a acção humana é fruto do acaso. O determinismo radical e o indeterminismo anulam a liberdade humana e por isso mesmo conduzem à negação da responsabilidade. Se não poderímaos ter decidido de outra maneira ou se as nossas ações são totalmente aleatórias, então não podemos ser responsabilizados pelas nossas ações, pois na verdade não realizámos qualquer escolha. Na verdade não somos muito diferentes dos seres inanimados.
O determinismo moderado é uma tese compatibilista. Esta tese afirma que tudo é determinado, porém algumas ações humanas são livres. Esta tese defende o livre-arbítrio, que define como ausência de constrangimento.
Considero que o determinismo moderado é a tese mais correta, porque defende a compatibilidade entre o determinismo e a liberdade. É tão difícil negar o determinismo, como negar a liberdade. A ideia de que somos livres impõe-se-nos com tanta força, como a ideia de que todo o efeito tem uma causa que o determina.
Luís Miguel Monteiro Teixeira, 10ºB
(Aluno do Curso de Ciências e Tecnologias do agrupamento de Escolas de Celorico de Basto)

Sem comentários:

Enviar um comentário