A
vida humana é um valor absoluto
No mundo de hoje, os animais começam a ter papéis diferentes
dos tradicionais. Há cães que ajudam deficientes físicos e idosos, quando ainda
há pouco, basicamente só serviam como cães de guarda, pastores e caçadores. A par
destes novos papeis, a divulgação de imagens que denunciam a crueldade com que
muitos destes animais são tratados, conduziram a inúmeras interrogações. Será
legítimo tratar os animais como um simples meio ao serviço do homem, ou terão
os animais direitos, cuja violação deve ser punida por lei?
No meu ponto de vista, todos os
animais têm alguns direitos fundamentais básicos, tais como o direito a uma
vida sem sofrimento; o direito a viver no seu habitat; o direito a cuidados
adequados à sua espécie. Contudo, penso que as necessidades básicas do Homem se
sobrepõem às dos animais. O valor da vida humana é absoluto e prioritário em
relação à vida dos animais não humanos.
Algumas pessoas não comem carne devido ao sofrimento que os
matadouros causam aos animais antes e durante o abate. Qualquer sofrimento
desnecessário é eticamente reprovável e deve ser evitado. Se os matadouros se
preocuparem em não causar sofrimento aos animais, respeitá-los-ão, de um ponto
de vista moral, e de um ponto de vista comercial, poderão mesmo melhorar a
qualidade da carne que produzem, visto que os animais não foram sujeitos a
demasiado stress durante a sua
criação e abate. Porém sendo os Humanos seres omnívoros não é errado
alimentarmo-nos de carne.
Concluindo, penso que é legítimo
usar os animais para assegurar a sobrevivência do homem,
tendo sempre a preocupação de não lhes causar dor desnecessária. Não me parece
legítimo usá-los em espetáculos de lazer, lutas e experiências laboratoriais
inúteis. Os direitos dos animais não humanos devem ser defendidos, ainda que
não devam sobrepor-se aos humanos.
António Francisco da Costa Teixeira, 10º B
(Aluno do Curso de Ciências e Tecnologias
do Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto)
Sem comentários:
Enviar um comentário