Os animais não-humanos
terão direitos ?
Filósofos como Peter Singer e Tom
Regan procuraram encontrar um critério que permitisse afirmar a dignidade moral
dos animais, de modo a defini-los como sujeito de direitos. Concordo com a
perspetiva do filósofo Tom Regan, segundo a qual os animais têm direitos em
sentido negativo. Tem o direito a não serem prejudicados, torturados. Têm
direito à integridade física. Os animais, tal como o homem, são
sujeitos-de-uma-vida (têm vida, são capazes de se emocionar, de recordar,
etc…). Por isso mesmo violamos os seus direitos quando os maltratamos, lhes
provocamos qualquer tipo de sofrimento. Os animais têm um valor em si mesmos e
por isso não devem ser usados como um meio. Muitos irão objetar: “Mas só o
homem é um agente moral, um ser capaz de se reconhecer como autor dos seus
atos, que pratica de modo consciente, intencional e voluntário. Ao que
responderei que são no entanto pacientes morais, tal como o são as crianças de
tenra idade, que não podem ser chamadas de agentes morais. No entanto não as
tratamos como meios ao serviço dos nossos interesses. O mesmo acontece com os
animais, devemos por isso tratá-los com respeito, como parentes afastados que
partilham connosco o mesmo planeta.
Maria João Gomes, 10º
C
(Aluna do
Curso de Humanidades do Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto)
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