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quinta-feira, 20 de novembro de 2014


Os animais não-humanos terão direitos ?


Filósofos como Peter Singer e Tom Regan procuraram encontrar um critério que permitisse afirmar a dignidade moral dos animais, de modo a defini-los como sujeito de direitos. Concordo com a perspetiva do filósofo Tom Regan, segundo a qual os animais têm direitos em sentido negativo. Tem o direito a não serem prejudicados, torturados. Têm direito à integridade física. Os animais, tal como o homem, são sujeitos-de-uma-vida (têm vida, são capazes de se emocionar, de recordar, etc…). Por isso mesmo violamos os seus direitos quando os maltratamos, lhes provocamos qualquer tipo de sofrimento. Os animais têm um valor em si mesmos e por isso não devem ser usados como um meio. Muitos irão objetar: “Mas só o homem é um agente moral, um ser capaz de se reconhecer como autor dos seus atos, que pratica de modo consciente, intencional e voluntário. Ao que responderei que são no entanto pacientes morais, tal como o são as crianças de tenra idade, que não podem ser chamadas de agentes morais. No entanto não as tratamos como meios ao serviço dos nossos interesses. O mesmo acontece com os animais, devemos por isso tratá-los com respeito, como parentes afastados que partilham connosco o mesmo planeta.
Maria João Gomes, 10º C

(Aluna do Curso de Humanidades do Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto)

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