A POBREZA
Vídeo realizado pelas turmas de filosofia B e D , de 10º ano com o objetivo de sensibilizar os colegas do 6º ano, para o problema da pobreza.
Os alunos do 6º ano decidiram partilhar a sua experiência com os colegas do 1º ciclo. Eis o resultado:
Do 6º para os 1º, 2º, 3º e 4º anos
A pobreza é má
não dá para comprar um simples chá.
Há muitas pessoas que não fazem caso,
e há também pessoas que pedem um abraço.
Afonso Bacelar, 6º D
Mãe Pobre (18 setembro 2006) In: http://www.artelista.com/obra/1683553999724459-madrepobrepobremadre.html |
Deves ter muitas coisas...
Coisas que tu julgas imprescindíveis...
Coisas que pensas que todos têm:
aqueles ténis da moda, que tantas birras fizeste para ter;
aquela mala da violeta, que convenceste os teus pais a comprar...
Em contrapartida, recusas os vegetais, o peixe, os cereais, que acabam por fazer companhia ao lixo.
O teu quarto parece-te pequeno, atulhado que está de roupas e brinquedos.
É tempo de abrires os olhos e de veres que:
Há quem não tenha casa;
Há quem as tuas migalhas salvariam da fome;
Há pés que não sofreriam com os sapatos que desprezas.
Aproveita tudo o que tens, e com o que não precisas atreve-te a fazer alguém feliz!
Ana Catarina Sousa, 6º D
Gravura de Pawel Kuczynski |
CONTRADIÇÕES
Há muita gente
que é pobre,
e que merece
um gesto nobre.
Andam descalços,
não têm que comer.
Se vivesse assim,
não saberia que fazer.
Nós não gostamos,
e eles querem tanto.
Eles estão sempre sozinhos.
Sozinhos num canto.
Ana Carvalho, 6º D
Contradições, de de Pawel Kuczynski |
O que é ? O que é?
Um pobre sem amor,
sem carinho,
sem calor.
Coitado de quem é pobre,
que maltratado é assim.
Mais coitado é o egoísta
que tem um coração ruim.
Francisco Barbosa, 6º D
Retirantes, de Cândido Portinari Fonte: masp.art.br |
Já pensaste que milhares de pessoas vivem com menos de um euro por dia?
Pensa...
Mãos cansadas, vazias.
Mãos estendidas, perdidas, achadas.
Mãos com alma, despojadas, calejadas.
Mãos que a vida maltratou.
Mãos que falam no silêncio.
Mãos que cuidam, sem cuidar de si.
Mãos feitas de sulcos talhados pelo tempo,
cinzeladas pela dor
temperadas pelo sofrimento.
Mãos que salvam, que acarinham.
Mãos que pedem sem nada pedir.
Mãos que podem ser as tuas, ou as minhas.
Mãos que são rostos da vida percorrida
no encalço da eternidade.
Mãos que já foram pequenas e agora são valentes.
Entrelaçadas nas minhas, são contudo tão diferentes.
Pensa...
Um euro por dia
para pouco dá:
um bolo, uma chiclete
ou talvez um chá.
A fome não mata,
só a atordoa
e por egoísmo
milhões morrem à toa.
Rodrigo Coelho, 6º DMural de Diego Rivera, Cidade do México In: http://pt.dreamstime.com/imagem-de-stock-royalty-free-pintura-mural-por-diego-rivera-image20790406 |
Mãos cansadas, vazias.
Mãos estendidas, perdidas, achadas.
Mãos com alma, despojadas, calejadas.
Mãos que a vida maltratou.
Mãos que falam no silêncio.
Mãos que cuidam, sem cuidar de si.
Mãos feitas de sulcos talhados pelo tempo,
cinzeladas pela dor
temperadas pelo sofrimento.
Mãos que salvam, que acarinham.
Mãos que pedem sem nada pedir.
Mãos que podem ser as tuas, ou as minhas.
Mãos que são rostos da vida percorrida
no encalço da eternidade.
Mãos que já foram pequenas e agora são valentes.
Entrelaçadas nas minhas, são contudo tão diferentes.
In: http://gaeconomics.blogspot.pt/2009/08/globalizacion-economica-desigualdad.html |