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terça-feira, 24 de março de 2015

Problemas da Ética Ambiental


“O contrário do amor não é ódio, mas a indiferença”. (Friedrich Nietzsche, 1844 a 1900)


A Ética Ambiental diz-nos que todos os elementos da natureza têm direito a existir. E a própria natureza? Será ela um ser de direitos? Por que devemos protegê-la? São muitas as perguntas sem uma resposta definitiva, ou não traduzissem elas problemas filosóficos. A estas interrogações foram apresentadas diversas respostas, de entre elas apresentarei três teses, que considero importantes.

A primeira tese parte do princípio que o determina se uma ação é ou não moralmente correta são as suas consequências. O valor de uma coisa reside na sua utilidade. Assim sendo, o valor da natureza reside na sua utilidade para o homem. A natureza deve ser respeitada em nome das nossas necessidades. Só homem é ser de direitos, pois só ele é um sujeito de deveres.

A segunda tese sublinha a importância de proteger a natureza, para que as gerações futuras possam usufruir de todas as suas potencialidades, tal como as gerações anteriores desfrutaram. Esta visão considera que para que o homem sobreviva dignamente a natureza deve ser protegida e respeitada. O valor da natureza advém do facto dela constituir uma condição essencial da nossa existência.

A Ecologia Profunda defende que a natureza é, em si mesma, valiosa, independentemente da sua utilidade para o homem.

Apresentados os três pontos de vista, está na altura de apresentar o meu: Na verdade não estou a 100% de acordo com nenhuma das perspetivas. No entanto, inclino-me mais para a segunda, na medida em que afirma que homem e natureza devem ser valorizados, pois a sobrevivência da espécie humana depende da forma como protegemos o meio que nos rodeia e do qual fazemos parte. Temos o direito a uma vida digna, mas não nos podemos esquecer que somos natureza e que cada vez que acrescentamos algo à natureza, acrescentamos algo a nós próprios!

Devemos ter em conta o bem-estar das gerações futuras e em nome delas temos a obrigação de promover um desenvolvimento sustentável, ou seja, um desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender às necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota, ou não deve esgotar, os recursos para o futuro. Devemos, sem dúvida alguma, proteger a natureza: ela pertence-nos e nós pertencemos-lhe. É hora de tentar reparar todo o mal que lhe fizemos e fazemos como por exemplo: as descargas de produtos tóxicos nos oceanos, que põem em causa um número significativo de espécies marinhas; a desflorestação; as elevadas emissões de CFC’s , que atuam como catalisadores na estratosfera, decompondo o ozono, fazendo diminuir a sua quantidade na atmosfera e deixando-nos desprotegidos face às radiações UV mais prejudiciais; o efeito de estufa e o consequente degelo das calotes polares. Os malefícios que causamos à natureza não ficam por aqui. Podia acrescentar muitos mais, mas para não correr o risco de ser maçadora, fazendo um relato exaustivo do que todos sabemos, deixo-vos com a seguinte frase: A natureza é nossa, protege-a!

Inês Marinho, aluna do Curso de Ciências e Tecnologias, 10ºB

In: Gestão e Resultados (http://www.folhavitoria.com.br/economia/blogs/gestaoeresultados/2014/01/05/o-tempo-esta-acabando-para-pensar-e-agir-ja/)

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