Problemas da Ética Ambiental
“O contrário do amor não é ódio, mas a indiferença”. (Friedrich Nietzsche, 1844 a 1900)
A Ética Ambiental diz-nos que todos
os elementos da natureza têm direito a existir. E a própria natureza? Será ela
um ser de direitos? Por que devemos protegê-la? São muitas as perguntas sem uma
resposta definitiva, ou não traduzissem elas problemas filosóficos. A estas interrogações
foram apresentadas diversas respostas, de entre elas apresentarei três teses,
que considero importantes.
A primeira tese parte do princípio
que o determina se uma ação é ou não moralmente correta são as suas consequências.
O valor de uma coisa reside na sua utilidade. Assim sendo, o valor da natureza reside
na sua utilidade para o homem. A natureza deve ser respeitada em nome das
nossas necessidades. Só homem é ser de direitos, pois só ele é um sujeito de
deveres.
A segunda tese sublinha a importância
de proteger a natureza, para que as gerações futuras possam usufruir de todas
as suas potencialidades, tal como as gerações anteriores desfrutaram. Esta
visão considera que para que o homem sobreviva dignamente a natureza deve ser
protegida e respeitada. O valor da natureza advém do facto dela constituir uma
condição essencial da nossa existência.
A Ecologia Profunda defende que a
natureza é, em si mesma, valiosa, independentemente da sua utilidade para o
homem.
Apresentados os três pontos de vista,
está na altura de apresentar o meu: Na verdade não estou a 100% de acordo com
nenhuma das perspetivas. No entanto, inclino-me mais para a segunda, na medida
em que afirma que homem e natureza devem ser valorizados, pois a sobrevivência
da espécie humana depende da forma como protegemos o meio que nos rodeia e do
qual fazemos parte. Temos o direito a uma vida digna, mas não nos podemos esquecer
que somos natureza e que cada vez que acrescentamos algo à natureza, acrescentamos
algo a nós próprios!
Devemos ter em conta o bem-estar das
gerações futuras e em nome delas temos a obrigação de promover um
desenvolvimento sustentável, ou seja, um desenvolvimento capaz de suprir as
necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender às
necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota, ou não
deve esgotar, os recursos para o futuro. Devemos, sem dúvida alguma, proteger a
natureza: ela pertence-nos e nós pertencemos-lhe. É hora de tentar reparar todo
o mal que lhe fizemos e fazemos como por exemplo: as descargas de produtos
tóxicos nos oceanos, que põem em causa um número significativo de espécies marinhas; a desflorestação; as elevadas emissões de CFC’s
, que atuam como catalisadores na estratosfera, decompondo o ozono, fazendo
diminuir a sua quantidade na atmosfera e deixando-nos desprotegidos face às
radiações UV mais prejudiciais; o efeito de estufa e o consequente degelo das
calotes polares. Os malefícios que causamos à natureza não ficam por aqui.
Podia acrescentar muitos mais, mas para não correr o risco de ser maçadora,
fazendo um relato exaustivo do que todos sabemos, deixo-vos com a seguinte
frase: A natureza é nossa, protege-a!
Inês Marinho, aluna do Curso de Ciências e
Tecnologias, 10ºB
In: Gestão e Resultados (http://www.folhavitoria.com.br/economia/blogs/gestaoeresultados/2014/01/05/o-tempo-esta-acabando-para-pensar-e-agir-ja/) |
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