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sábado, 21 de março de 2015



Há milhentas formas de lecionar o programa de uma qualquer disciplina. No nosso caso, a professora de filosofia, introduz um tema-problema do mundo contemporâneo e a partir dele os conteúdos vão fluindo, as reflexões vão surgindo, numa simbiose entre a imaturidade e o idealismo avassalador dos 14 e dos 15 anos. No segundo período, o racismo e a destruição do planeta entraram-nos pela sala adentro e obrigaram-nos a pensar e, em alguns casos, a repensar assuntos que achávamos já ter pensado suficientemente. Nunca pensei que a “douta ignorância” desse tanto trabalho e “incomodasse mais do que andar à chuva”. Não vou assinar este texto, porque quero que a minha imaturidade e o meu idealismo permaneçam no anonimato


(Um anónimo (a) assumido(a) do Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto)




DIA 21 DE MARÇO, DIA INTERNACIONAL DA LUTA CONTRA A DISCRIMINAÇÃO RACIAL


«Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra».

Bob, Marley

«É melhor lutar em busca de dias melhores, mesmo correndo o risco de perder tudo, do que permanecer estático, como os pobres de espírito, que não lutam, mas também não vencem, que não conhecem a dor da derrota, nem a glória de ressurgir dos escombros. Esses pobres de espírito, no final da sua jornada na terra não agradecem a Deus por terem vivido, mas desculpam-se perante Ele, por terem apenas passado pela vida».
                                                                                                                    Bob, Marley

Hoje, Dia 21 de março, comemora-se o Dia Internacional de Luta Contra a Discriminação Racial. A ONU escolheu este dia no ano de 1969, em memória do massacre ocorrido em Joanesburgo a 21 de março de 1960, que ficou conhecido como: O Massacre de Sharpeville.
Nesse dia 20.000 pessoas protestavam pacificamente contra a Lei do Passe, que obrigava a população negra a ser portadora de um cartão com identificação dos locais onde era permitida a sua circulação. A polícia do regime de apartheid disparou sob a multidão desarmada, causando 69 mortos e 186 feridos. Neste dia as palavras de ordem são a igualdade e o combate à discriminação racial.
Hoje mesmo a chefe da Diplomacia europeia, Federica Mogherini, recordou que há 50 anos se adotou uma convenção para lutar contra este fenómeno a nível global: "Agora, mais do que nunca, é imprescindível que a comunidade internacional tome medidas firmes e eficazes a nível regional, nacional e internacional para eliminar toda a forma de discriminação racial"..
Na voz de Federica Mogherini, a União Europeia (UE) apelou à comunidade internacional para que tome medidas jurídicas "firmes e eficazes aos mais diversos níveis para eliminar todas as formas de discriminação racial. Essas medidas devem ser acompanhadas por medidas de caráter preventivo de modo a que a discriminação racial, o ódio ou a violência contra pessoas que pertencem a um determinado grupo étnico ou religioso não sejam, sob nenhum pretexto, tolerados (Agência Lusa).
Urge educar as novas gerações para a inclusão autêntica, para a igualdade vivida, para a tolerância ativa, para, como afirma Jacques Delors, que a humanidade compreenda, de uma vez por todas, que são maiores as semelhanças que nos unem, que as diferenças que nos separam. Só uma aposta no diálogo intercultural permitirá salvaguardar os direitos humanos. Nunca é demais recordar que “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e que qualquer suposição ou crença do contrário é errónea e moralmente falsa".

        Nasces, sobrevives
        Cresces, observas
        Sou como tu.
        Optas, decides
        Queres, trabalhas
        Sou como tu.
        Amas, sofres
        Vives, acreditas
        Sou como tu.
        Somos diferentes
        Somos iguais
        Somos filhos
        Somos pais
        Sou como tu.
                Catarina Mota de Azevedo Araújo, 13 anos

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