Pedro Hispano
Pedro Julião, também conhecido como Pedro Hispano
Portucalense, nasceu em Lisboa por volta de 1205. Foi filósofo,
matemático, teólogo, médico, professor e clérigo português. Era filho de
famílias abastadas, o que lhe permitiu depois do ensino na escola episcopal da
Sé, prosseguir os estudos na Universidade de Paris, onde estudou Medicina,
Teologia e contactou com algumas obras filosóficas, nomeadamente com a
filosofia de São Tomás de Aquino.
A sua fama de homem culto levou a que o papa Gregório X o
chamasse para se tornar seu médico privado e, mais tarde o nomeasse
Cardeal-bispo de Túsculo.
Foi o maior filósofo português da Idade Média e aquele cuja
obra alcançou autêntica notoriedade à escala europeia. Iniciou os seus estudos
na escola catedral de Lisboa e continuou-os em Paris e Siena, onde se tornou
professor e autor respeitado. Apesar de ser médico, teve uma importante carreira
eclesiástica, sendo sucessivamente decano da Sé de Lisboa, arcebispo de Braga,
cardeal e o único papa português, com o nome de João XXI (1276).
Aluno de Alberto Magno e contemporâneo de Tomás de Aquino,
Pedro Hispano foi um dos lógicos mais influentes da primeira escolástica. A sua
fama em toda a Europa está patente no facto de Dante o ter incluído no grupo de
grandes estudiosos retratados na Divina comédia, onde é referido como
«Pietro Spano». A sua obra Summulae logicales, foi copiada e ensinada
nas universidades europeias durante mais de três séculos.
Na sua obra, Pedro
Hispano preocupou-se com as propriedades dos termos utilizados na linguagem e
com a sua relação com o conhecimento. O estudo do significado e da articulação
dos diferentes termos (palavras e expressões) nas proposições tornou-se, assim,
o objeto da lógica e aproximando-a da gramática, com a qual deveria, na
perspetiva do lógico português, tender a partilhar as mesmas regras. Segundo
Pedro Hispano o ideal seria que as leis do pensamento se aproximassem das leis
da linguagem.
Outras obras atribuídas a Pedro Hispano, nomeadamente Scientialibri
de anima, abordam a questão da alma, sua natureza e capacidade de
auto-conhecimento.
Webgrafia:
http://livreeleal.blogspot.pt/2012/08/i-filosofia-medieval-portuguesa.html (consultado
em 9 /03/2015)
http://pansophia-filosofia.blogspot.pt/2012/03/martinho-de-dume-518-579.html (consultado
em 9 /03/2015)
Trabalho realizado pelos alunos: Ana Cerqueira, Ana Silva, Beatriz
Jesus, Carla Afonso, Helena Silva, Marcos Loureiro, Maria João Gomes, Mariana
Freitas, Mariana Gonçalves, Vera Gonçalves, alunos do Curso de Humanidades, 10º
C.
Sem comentários:
Enviar um comentário