Será que temos a
obrigação moral de ajudar aqueles que se encontram em situação de pobreza
absoluta?
Esta questão traduz um problema filosófico do mundo contemporâneo, por meio do qual refletimos sobre a teoria da justiça proposta por Rawls. No decurso da reflexão sobre esta problemática, os alunos do 10º B e do 10º D do Curso de Ciências e Tecnologias e do Curso de Humanidades, respetivamente, do Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto, observaram que no Bar e na Cantina da Escola alguns alunos, mais novos, deitavam comida fora. Isso chocou-os. Refletiram sobre o assunto. Dessa reflexão nasceu um pequeno filme de sensibilização dos alunos mais novos para o problema da pobreza e uma visita a duas turmas do 6º ano, na disciplina de Formação Cívica. Trata-se, na verdade, de lutar contra a indiferença, o verdadeiro inimigo da generosidade e do amor. O filme estará, em breve, disponível no Blogue da Biblioteca do Escola. Para já, fica o poema da aluna Ana Beatriz, do 10º B, que traduz o sentimento de ambas as turmas.
A fome
habita-me,
O frio
corrói-me,
O amor
suplica-me,
A dor
destrói-me.
O vento
levou-me. Não sou nada nem ninguém.
Não pedi para
nascer
Num mundo
perdido,
Onde as
pessoas acolhem
Apenas a
ambição,
Onde falta o
pão
Para o mendigo.
Onde o rico
propõe a desolação.
Não pedi para
crescer com tudo,
Terminando sem
uma única migalha,
De carinho,
amor e pão.
Estou cego de
fome,
Engolido pela sede.
Não peço para morrer,
Quero viver com dignidade!
Ana Beatriz, aluna 10º B, do Curso de C. e Tecnologias
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